Como você fica quando compartilha um silêncio?
Todos nós já ouvimos relatos ou tivemos a experiência sobre o medo, muitas vezes desmedido, de ficar em silêncio com outra pessoa. Às vezes, em encontros, conversas, festas, sempre há aquele questionamento: e se ficar um silêncio constrangedor?
Assim, muitas vezes, experienciamos o silêncio com muita angústia, ansiedade e constrangimento, não parando para refletir o porquê disso. Atualmente, estamos na maior parte do tempo acompanhados, nem que seja por nossos celulares cheios de distrações que servem quase como um anestésico aos nossos pensamentos e sentimentos.
Não é raro que em um processo terapêutico o silêncio se faça presente vez ou outra. Existem diversos motivos para isso acontecer, e frequentemente esses momentos são associados a uma “resistência”. Bom, nem sempre a quietude corresponde a uma resistência.
Em uma sessão de terapia podemos dar espaço e ouvir o que nosso silêncio tem a dizer. Compartilhá-lo nesse local seguro torna possível que emoções e sentimentos, muitas vezes intensos, a que não damos tanta atenção normalmente ou sequer sabíamos da existência aflorem. Às vezes só realizamos a magnitude de determinada conquista, felicidade ou mesmo a tristeza e ansiedade de determinada situação, quando estamos em silêncio.
Leia também o nosso artigo: E quando não tenho nada para falar na sessão de terapia?
Isso significa também, que o silêncio pode ser a porta de entrada para um processo de elaboração. Porque ele nos dá a oportunidade de encarar frente a frente nossas questões e angústias mais profundas.
E você, já parou para escutar o que seu silêncio tem a dizer?
Por Fidel Samora
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O silêncio, muitas vezes temido e evitado, possui um valor significativo em nossas vidas. Em contextos terapêuticos, ele pode abrir espaço para a compreensão de emoções e pensamentos profundos. Ao escutarmos o que a quietude tem a dizer, podemos explorar emoções negligenciadas, alcançar autoconhecimento e enfrentar questões pessoais. Valorizar o silêncio nos permite conectar conosco mesmos e promover um processo de elaboração e crescimento emocional.
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