Autor: inbracer

Luto: um processo humano de dor, amor e transformação

O luto é uma resposta individual, intransferível e natural à perda de alguém significativo. Pode ser sentido além da dor da morte de um ente querido — pode estar presente em separações, mudanças de vida, perdas de ideais ou até mesmo no adoecimento. Trata-se de um processo complexo que envolve reações emocionais, cognitivas, físicas e sociais.

Segundo pesquisadores, o luto é uma transição psicossocial com impacto profundo em todas as esferas da vida. Cada pessoa vivencia essa experiência de forma única, influenciada por construção de vinculos, estilo de apego, suporte social e histórico de respostas de enfrentamento emocional.

Tipos de luto

Além do luto agudo, há outros tipos, como:

  • Luto antecipatório: vivido antes da perda, especialmente em casos de doenças terminais.
  • Luto traumático: associado a perdas violentas, súbitas ou estigmatizadas.
  • Luto não autorizado: perdas que não recebem validação social, como relacionamentos não reconhecidos ou aborto.
  • Luto prolongado: (anteriormente nomeado luto complicado) quando há dificuldades na adaptação à perda, podendo levar ao sofrimento psíquico intenso.

Fatores como o tipo de morte, vínculo com a pessoa perdida, estilo de apego, ausência de suporte emocional e transtorno psiquiátrico anterior influenciam diretamente o curso do luto e o risco de adoecimento.

O processo do luto

O luto não segue uma linha reta. Ele pode ser marcado por movimento oscilatório, segundo o Modelo do Processo Dual (Stroebe & Schut), o enlutado alterna entre dois modos de enfrentamento emocional

  • Orientação para a perda: envolve mergulhar na dor, reviver lembranças e expressar o sofrimento.
  • Orientação para a restauração: movimento voltado para a adaptação à nova realidade, reorganização da vida e criação de novos significados.

Esses movimentos são individuais, naturais  e fazem parte da reconstrução emocional de cada indivíduo após uma perda.

Reações comuns ao luto

É comum que a pessoa enlutada experimente uma variedade de reações, como tristeza, culpa, raiva, medo, desamparo e até sintomas físicos (fadiga, alterações no sono, dores, náuseas). Também é possível que surjam alterações na memória, concentração, sensação de irrealidade, isolamento social ou até percepções sensoriais ligadas à pessoa falecida (como ouvir a voz ou sentir sua presença).

Essas manifestações são respostas ao impacto profundo que a perda causa na mente e no corpo.

Luto, tristeza ou depressão: entenda as diferenças

É comum confundir luto com tristeza profunda ou depressão, mas são conceitos distintos:

  • Luto é uma reação à perda — geralmente de um ente querido — e envolve uma variedade de emoções, como saudade, dor, raiva e até alívio. Pode haver episódios intensos de sofrimento, mas eles costumam ser oscilantes e relacionados à perda em si.
  • Tristeza é uma emoção universal, geralmente passageira, que pode surgir por diversos motivos do cotidiano, mas que não compromete intensamente o funcionamento da vida da pessoa.
  • Depressão, por outro lado, é um transtorno mental que pode ou não estar relacionado a uma perda. Caracteriza-se por humor persistentemente deprimido, perda de interesse por atividades, alteração no sono e apetite, fadiga e, em alguns casos, ideação suicida.

O luto pode evoluir para um quadro depressivo quando o enlutado apresenta sofrimento intenso e quando  a dor não encontra caminhos saudáveis de elaboração — por isso, o acompanhamento profissional se faz necessário.

Como identificar quando o luto se torna mais complexo?

Nem todo luto se resolve com o tempo. Alguns casos evoluem para o que chamamos de luto complicado ou luto traumático, especialmente quando envolvem perdas súbitas, violentas ou sem possibilidade de despedida. Nesses casos, pode haver um adoecimento psíquico que exige intervenção clínica especializada.

O atendimento psiquiátrico pode incluir avaliação diagnóstica, psicoterapia, psicoeducação e, se necessário, tratamento medicamentoso. No Inbracer, esses cuidados são oferecidos com escuta empática, respeito e acolhimento à singularidade do enlutado.

Você não precisa passar por isso sozinho.
O luto pode ser um processo doloroso, mas é possível atravessá-lo com apoio, cuidado e acolhimento. A equipe do Inbracer está aqui para ajudar você no caminho da elaboração e enfrentamento do luto. Fale com a gente pelo e-mail ou WhatsApp.

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Prof. Jorge Alberto Costa e Silva no programa Grandes Mestres, do Canal Médico

Neste programa especial do quadro ‘Grandes Mestres’, temos o privilégio de entrevistar o ilustre Professor Jorge Alberto Costa e Silva, uma referência incontestável na medicina e um dos maiores especialistas em sua área. Com uma carreira de mais de quatro décadas, o Professor Jorge Alberto se destaca não apenas pela profundidade de seu conhecimento, mas também pela maneira única e inspiradora com que transmite suas ideias.

Um dos marcos de sua trajetória foi seu período de atuação na Organização Mundial da Saúde (OMS), onde contribuiu significativamente para o avanço das políticas globais de saúde e bem-estar. Durante seu tempo na OMS, o Professor Jorge Alberto teve a oportunidade de trabalhar ao lado dos maiores especialistas da área, influenciando diretamente iniciativas voltadas à melhoria da saúde pública e ao fortalecimento dos sistemas de saúde mundial. Sua experiência internacional ampliou sua visão sobre os desafios da medicina em uma escala global, tornando-o uma referência no cenário internacional.

Com uma abordagem integrativa, que une o melhor da medicina tradicional com alternativas inovadoras, o Professor Jorge Alberto tem sido um marco no campo da saúde, impactando positivamente a vida de muitos profissionais e pacientes. Seu foco em promover um atendimento mais humanizado e sua capacidade de conectar ciência e bem-estar emocional e físico são características que o tornam um mestre admirado em todo o mundo.

O Professor Jorge Alberto nos presenteia com insights extraordinários sobre a evolução da medicina, os avanços tecnológicos que transformam o cuidado médico e a importância de um tratamento holístico e integrado. Sem dúvida, um encontro imperdível para todos aqueles que buscam compreender as tendências mais relevantes da medicina e as novas fronteiras do cuidado de saúde, sempre com a visão iluminada de um verdadeiro mestre da profissão.

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Você sabe o que é (ou já ouviu falar em) ECOANSIEDADE?

A crise climática impacta não só o meio ambiente, mas também a saúde mental das novas gerações. Eventos extremos, como enchentes e secas, alimentam o sentimento de ecoansiedade, com sintomas de depressão e ansiedade cada vez mais comuns entre os jovens.

A incerteza sobre o futuro do planeta tem causado sintomas de depressão e ansiedade, cada vez mais comuns nos consultórios de psicólogos e psiquiatras. Essa “ecoansiedade” reflete o medo e a angústia com as mudanças climáticas e seus impactos na vida humana e na natureza. Esse estado emocional pode afetar seriamente o bem-estar e a qualidade de vida.

Além dos efeitos emocionais, os jovens estão mudando a forma de viver e planejar o futuro. Muitos estão deixando de lado o estilo workaholic e priorizando um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, dedicando mais tempo a atividades que tragam bem-estar, sustentabilidade e conexões sociais mais fortes.

Essa mudança de visão também tem levado muitos jovens a repensarem a ideia de ter filhos, preocupados com o futuro do planeta. A incerteza faz com que priorizem viver o presente e busquem experiências significativas agora, em vez de fazer grandes planos de carreira ou investimentos a longo prazo.

É essencial criar espaços para que os jovens compartilhem suas preocupações, pois eles enfrentam desafios que gerações anteriores não viveram. A frustração com a vida, o mercado de trabalho e o futuro incerto está aumentando, e isso precisa ser levado a sério pelos profissionais de saúde mental. Iniciativas comunitárias de sustentabilidade e ações climáticas podem trazer propósito e reduzir o sentimento de impotência. Além disso, políticas que incentivem o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal também são fundamentais para o bem-estar.

A ecoansiedade é um desafio global que precisa de soluções ambientais e atenção aos impactos psicológicos. Validar as experiências das novas gerações ajuda a criar um ambiente de apoio, para que elas se sintam fortalecidas a agir por um futuro melhor.

Se você ou alguém que conhece está passando por isso, o Inbracer pode ajudar, oferecendo suporte especializado para lidar com esses desafios.

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Alzheimer: Reconhecendo os Primeiros Sinais e Cuidando com Amor desde o Início

Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, caracterizada pela deterioração das funções cognitivas, executivas e comportamentais. Reconhecer os primeiros sinais é crucial para buscar ajuda especializada e melhorar a qualidade de vida do paciente, além de retardar a progressão da doença.

Os primeiros indícios podem ser sutis, mas merecem atenção. A alteração de comportamento, como desinibição excessiva ou agressividade podem ser sinais de degeneração das porções frontais do cérebro, muito observado em demências como a de Alzheimer. A perda de memória recente é outro sinal muito comum, manifestando-se pelo

esquecimento frequente de informações recém-aprendidas, datas importantes ou eventos significativos. Dificuldades em planejar ou resolver problemas também podem surgir, tornando tarefas antes familiares, como manusear finanças ou seguir receitas conhecidas, um desafio. A desorientação no tempo e no espaço é outro sintoma, levando a pessoa a perder-se em locais familiares ou não lembrar como chegou a determinado lugar.

Problemas de linguagem podem se manifestar através da dificuldade em seguir ou participar de conversas, encontrar as palavras certas ou nomear objetos. Há também uma diminuição do julgamento, com tomadas de decisões inadequadas, como negligenciar cuidados pessoais ou fazer compras desnecessárias. O retraimento social é comum, com o afastamento de atividades que antes eram apreciadas, assim como alterações de humor e personalidade, que podem incluir mudanças súbitas de humor, tornando a pessoa confusa, desconfiada, deprimida ou ansiosa.

Para os familiares e cuidadores, é essencial compreender e educar-se sobre a doença para entender as mudanças comportamentais e cognitivas do paciente. A comunicação eficaz torna-se fundamental, utilizando linguagem simples, mantendo contato visual e sendo paciente ao esperar respostas. Estabelecer rotinas pode ajudar a reduzir a ansiedade e a confusão, criando um ambiente previsível. Adaptar a casa para prevenir acidentes, removendo obstáculos e instalando apoios quando necessário, é uma medida importante para garantir a segurança.

Estimular cognitivamente o paciente, incentivando atividades que exercitem o cérebro, como jogos de memória, leitura ou música, pode ser benéfico. Além disso, é vital que os cuidadores cuidem de sua própria saúde física e mental, buscando apoio quando necessário, pois o processo de cuidado pode ser desgastante.

Buscar ajuda precoce é fundamental. Consultas médicas regulares com neurologistas ao notar os primeiros sinais podem fazer a diferença. Profissionais especializados podem realizar avaliações neuropsicológicas detalhadas, e programas de reabilitação neurocognitiva oferecem intervenções terapêuticas que visam manter ou melhorar as funções cognitivas.

A conexão entre neuropediatria, neurologia e reabilitação neurocognitiva é significativa ao compreender o desenvolvimento e o funcionamento do sistema nervoso ao longo da vida. Enquanto a neuropediatria foca no desenvolvimento neurológico desde a infância, a neurologia abrange o diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas em todas as idades. A reabilitação neurocognitiva atua como uma ferramenta essencial para recuperar ou compensar funções cognitivas comprometidas, sendo vital no tratamento e até prevenção do Alzheimer.

O diagnóstico precoce possibilita intervenções mais eficazes, melhorando a qualidade de vida do paciente e facilitando o planejamento futuro. A integração entre essas áreas oferece uma abordagem abrangente, garantindo suporte completo desde a identificação dos sintomas até o tratamento contínuo. Se você ou alguém que conhece apresenta sinais compatíveis com o Alzheimer, procure orientação profissional o quanto antes.

Para mais informações ou para agendar uma consulta, entre em contato com o INBRACER.

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Setembro Amarelo: CNN entrevista Dr. Jorge Alberto Costa e Silva sobre Saúde Mental

O presidente do Inbracer, professor Dr. Jorge Alberto Costa e Silva participou do programa CNN Entrevistas em um debate sobre o Setembro Amarelo – campanha de conscientização sobre a importância da saúde mental e a prevenção do suicídio.

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Orientação Vocacional/Profissional: O difícil momento da escolha

Um dia, mais cedo ou mais tarde, todos nós vivenciamos o momento de escolher uma profissão. Este momento geralmente acontece quando o jovem se encontra nos primeiros anos do ensino médio, mas pode ocorrer também quando já se está na faculdade ou até mesmo após graduação.

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